Quando eu fui diagnosticada com câncer de mama triplo-negativo

Ou seja, negativo para receptor de estrogênio, progesterona e HER2.

À primeira vista, eu pensei ao ler essa palavra no meu exame de imuno-histoquímica. 

“Estou bem…negativo geralmente em exame significa é coisa boa”. 

Então, infelizmente eu estava errada. 

Posteriormente, eu esperei a consulta com a oncologista.

Assim, ela explicaria melhor. 

Eu poderia ter pesquisado na internet? 

Poderia.

Contudo, decidi não sofrer por antecedência. 

Se eu já ia chorar devido ao diagnóstico.

Então, era melhor eu chorar depois de tudo explicado. 

Por fim, foi isso que aconteceu.

Câncer de mama: tipo e os subtipos

Primeiramente, para entender o subtipo de câncer de mama triplo-negativo.

É importante conhecer todos os tipos e subtipos.

Assim fica mais fácil entender o por que ele leva esse nome.  

Tudo começa com o exame anatomopatológico. 

Ele informa se o tumor é maligno ou benigno.

O tipo histológico e o grau do tumor.  

O anatomopatológico analisa as amostras retiradas do exame core biopsy.

No meu caso, esse procedimento foi realizado com agulha grossa guiada por ultrassom.

Tipo histológico de carcinoma

O câncer de mama pode ser ductal ou lobular.

Em outras palavras, é onde está o tumor. 

• Ductal quer dizer que tumor está nos ductos por onde passa o leite.

• Lobular significa que as células cancerígenas se originaram nas glândulas mamárias produtoras de leite. 

Normalmente, esse tipo de câncer não forma um nódulo bem definido.

Logo, é difícil ser detectado na mamografia.

Quando utiliza-se a palavra in situ.

Significa que o câncer está ainda na fase muito inicial.

Dessa forma, ele ainda não atravessou nenhuma barreira. 

Por outro lado, quando no laudo médico está escrito infiltrante/invasivo.

Isso quer dizer que o tumor atingiu o tecido mamário ao seu redor.

Acima de tudo, o tipo do tumor é importante para informar o estadiamento da doença.

Ou seja, o quanto ela está avançada ou não. 

O exame anatomopatológico, também, informa o grau do tumor com valores de 1 a 4. 

Quanto maior o número mais avançada está a doença.  

A princípio, quando eu li nessa ordem.

Carcinoma, Grau Nuclear 3 e Necrose Presente.

Eu pensei que estava implodindo. 

Na hora foi horrível. 

Porém, depois que eu processei toda a situação.

Algumas semanas depois.

E, refletindo como eu descobri o tumor.

Além das orientações que o mastologista me passou. 

Eu percebi que o laudo poderia ter vindo muito pior.

Já que eu demorei para ir ao médico por conta da pandemia do coronavírus.

Portanto, eu comecei a agradecer o diagnóstico médico recebido.

Subtipos de classificação molecular  

Atualmente, existem 4 principais subtipos de câncer de mama.

Os quais são detectados no exame de imuno-histoquímica.

• Luminal – As células cancerígenas têm receptores hormonais femininos, o estrogênio e a progesterona. Nesse subtipo tem o luminal A – o tumor cresce devagar e o B – o tumor cresce rápido.

• HER2 positivo – As células cancerígenas contêm níveis elevados da proteína HER2.

Essa proteína é localizada na membrana das células epiteliais e, é responsável pelo crescimento e desenvolvimento das mesmas. 

Além disso, por conta do crescimento rápido do tumor.

Esse subtipo é considerado agressivo.

• Triplo-Negativo refere-se aos tumores que não possuem receptores de estrógeno, progesterona e HER2. 

O triplo-negativo, também, é um câncer agressivo.

Ou seja, ele cresce rapidamente. 

Isso justifica o fato do tumor ter aparecido para mim de um dia para o outro.

Triplo-Negativo, o grande desafio.

Acima de tudo, tanto o triplo-negativo como o HER2.

São subtipos de câncer de mama agressivos.

Contudo, a grande diferença entre eles, diz respeito ao tratamento.

A paciente diagnosticada com HER2 positivo.

Além de fazer quimioterapia, cirurgia e, se necessário, radioterapia. 

Ela faz, também, uma terapia alvo com medicamentos específicos para HER2. 

Portanto, esse tipo de terapia ajuda muito a paciente não ter recidiva.

Agora, o que torna o sutipo triplo-negativo desafiador.

É a medicina atual não saber a origem desse tumor.

Em outras palavras, do que ele se alimenta.

Visto que ele é negativo para os três biomarcadores mais importantes na classificação.

E definição do tratamento do câncer de mama.

O receptor de estrógeno, receptor de progesterona e HER2. 

Sendo assim, infelizmente até o momento.

Não existe um medicamento específico para esse subtipo após quimioterapia. 

Nesse sentido, sabendo dessa especificidade do câncer de mama triplo-negativo.

Os oncologistas utilizam a quimioterapia neoadjuvante como protocolo. 

Já que se eles retirarem primeiro o tumor para depois aplicar a quimio.

Os médicos podem correr o risco de ficar sem recursos.

Se ao término da quimioterapia.

Ainda houver células cancerígenas na paciente.

Enfim, foi depois dessa explicação que eu comecei a chorar internamente no consultório médico. 

Eu chorei mais por conta da obrigatoriedade da quimio do que pela agressividade do subtipo. 

Nessa época eu pensava mais no meu cabelo. 

Eu era iniciante no mundo oncológico. 

Câncer de mama Triplo-Negativo e as emoções

Qual é a origem e do que se alimenta o câncer de mama triplo-negativo? 

A medicina até o momento não sabe informar. 

Além disso, as informações que temos dizem respeito à como ele age. 

Porém, nada sobre a sua origem. 

Sabemos que o triplo-negativo representa cerca de 10-20% de casos de câncer de mama no mundo.

E 29% no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca).

Nesse sentido, de acordo com o estudo publicado pela Universidade de Oxford.

Algumas mulheres têm alteração nos genes de câncer de mama, BRCA1 e BRCA2.

Contudo, elas representam somente 5% a 10% do total de casos de todos os subtipos. 

O câncer de mama triplo-negativo é mais comum em mulheres jovens com menos de 40 anos de idade.

Ou seja, esse é o meu caso.

Dessa forma, diante dessas informações. 

Eu arrisco a dizer que a origem do câncer de mama triplo-negativo são as emoções negativas. 

Afinal, é uma subtipo sem muitas respostas científicas. 

Os médicos dizem que o câncer de mama é uma doença multifatorial.

Já que eles analisam a genética, alimentação.

Bem como aspectos biológicos e ambientais. 

Em suma, analisando a minha experiência.

Eu vejo o câncer de mama como uma doença de desequilíbrio emocional. 

E, como a ciência ainda não tem respostas concretas.

Sobre a origem desse subtipo.

Portanto, eu acredito que o câncer de mama triplo-negativo.

É alimentado por emoções negativas elevadas ao cubo.

União entre corpo e mente

O corpo e a mente são uma coisa só.

A ciência já entendeu isso. 

Sendo assim, já é um consenso entre os médicos.

As emoções ajudam, e muito, no surgimento de doenças crônicas como o câncer. 

O estresse prolongado, por exemplo, afeta o sistema imunológico. 

Logo, quando a nossa mente está estressada.

O corpo reage instintivamente. 

Afinal, ele pensa que a gente está sob ataque. 

O corpo libera uma mistura complexa de hormônios e substâncias químicas.

Tais como adrenalina, cortisol e noradrenalina.

Dessa forma, a mente tem como objetivo

Preparar o corpo para a ação física. 

Em seguida, o cortisol alto aumenta o açúcar no sangue. 

E, como resultado, as células entram em processo inflamatório.

Propiciando o surgimento do câncer.

E, para quem gosta de estudos científicos. 

A  Psiconeuroimunologia é a área da ciência.

A qual estuda as relações entre processos psicológicos, sistema nervoso e sistema imunológico. 

Esse é o caso da pesquisa realizada pelo Instituto Data Popular. 

O resultado mostrou que 54% das mulheres com histórico de câncer de mama.

Apontaram fatores emocionais como tristeza, mágoa e rancor como causas da doença.

Alguns médicos dizem que é mito mágoa causar câncer de mama.

Em contrapartida, eles não sabem explicar o que causa a doença. 

E, muito menos, sabem explicar o porquê algumas mulheres desenvolvem HER2 positivo.

E, outras têm o câncer de mama triplo-negativo. 

Os profissionais mais céticos respondem que é o acaso. 

Eu não acredito no acaso. 

A metafísica da saúde entra para explicar.

O que a ciência, até o momento, não consegue.

Metafísica da Saúde e o Câncer de Mama

A metafísica da saúde identifica quais as emoções e comportamentos que te levam a um estado de doença. 

É uma área que estuda tudo o que está além da matéria.

Meta = além e física = matéria.  

Em outras palavras, analisa a esfera psíquica, emocional, energética e espiritual da pessoa. 

Assim sendo, pela visão da metafísica da saúde.

A origem do câncer de mama tem relação, sim, com mágoas e ressentimentos profundos. 

Eu não me encaixo nas estatísticas.

Em relação as possíveis causas do câncer de mama. 

Afinal, eu não sou obesa, não consumo em excesso alimentos processados, doces e álcool.

Além disso, eu não tenho histórico familiar de câncer de mama. 

Em contrapartida, analisando as minhas emoções. 

Eu sempre fui uma pessoa estressada internamente. 

E, “coincidentemente”.

Este ano eu fiquei muito estressada por longos períodos.

Devido à pandemia que ocasionou problemas familiares e profissionais.  

Quanto ao meu ressentimento.

Ele sempre foi alimentado, principalmente, pelo meu crítico interno.  

Nada do que eu fazia era bom o suficiente. 

É a “perfeccionite aguda”. 

Eu nutria ressentimentos em relação a mim mesma. 

Portanto, juntando todos esses sentimentos negativos.

Não é de se estranhar que entrei para o grupo seleto do câncer de mama triplo-negativo. 

Afinal, nada é por acaso. 

A mente é mais poderosa do que a ciência pode explicar.

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